Durante entrevista ao Fantástico, da TV Globo, o presidente relatou que só se recorda de estar na ambulância e, ao acordar, já estava no hospital. Ele descreveu: “A última coisa que eu lembro é quando eu entrei na ambulância e eu só fui acordar no dia seguinte com a cabeça já embrulhada e empacotada”. A íntegra da entrevista será transmitida ainda neste domingo.
Após passar por uma cirurgia de emergência na terça-feira (10/12) e outro procedimento cirúrgico na quinta-feira (12/12) para evitar complicações, Lula apresentou uma evolução significativa em sua recuperação, conforme informado no boletim médico de sábado (14/12). O ex-presidente também realizou exames de sangue nesse mesmo dia, seguindo “lúcido e orientado, alimentando-se e caminhando”, de acordo com a nota.
Lula deixou a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) na sexta-feira (13/12) e desde então estava sob cuidados semi-intensivos no Hospital Sírio-Libanês, recebendo visitas da primeira-dama, Janja da Silva, e dos filhos. Ainda assim, não houve a transferência do cargo para o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), que representou o presidente em algumas atividades oficiais ao longo da semana.
Segundo o médico Roberto Kalil Filho, Lula permanecerá em São Paulo nos próximos dias para monitorar a cicatrização e realizar uma nova tomografia na quinta-feira (19/12). Kalil destacou que o presidente poderá retomar suas atividades normais, do ponto de vista de reuniões, deixando claro que Lula recebeu alta hospitalar e não alta médica.
Por fim, em uma participação surpresa, Lula apareceu em uma coletiva de imprensa no Hospital Sírio Libanês e explicou o incidente que resultou em sua hospitalização, decorrente de um tombo no banheiro. Ele afirmou que, ao tentar se levantar de um banco redondo, acabou caindo e batendo a cabeça na banheira de hidromassagem, causando um grande estrago.