Durante os dias 24 e 25 de junho, os membros da OTAN se reuniram para discutir não apenas a segurança coletiva, mas também a estratégia de defesa que precisa ser adotada em face dos desafios contemporâneos. Um dos principais resultados desse encontro foi a elevação da meta de gastos com defesa para 5% do Produto Interno Bruto (PIB) dos países signatários, um aumento significativo que deve ser alcançado até o ano de 2035. Essa medida visa consolidar a capacidade defensiva da aliança, especialmente em um contexto onde os Estados Unidos, através de sua porta-voz, expressaram que esse alinhamento nas despesas “preocupa” a Rússia, uma vez que sinaliza um retorno da OTAN ao seu papel tradicional de dissuasão militar.
Alexander Stubb destacou a ideia de que a OTAN deve se adaptar às novas realidades geopolíticas, mantendo-se vigilante e pronta para responder a quaisquer ameaças que possam surgir do Leste Europeu. A crescente militarização e as manobras da Rússia nas fronteiras têm alimentado um ambiente de desconfiança, levando a aliança a reavaliar sua postura estratégica nos últimos anos.
Além do aumento nos gastos com defesa, os líderes da OTAN também refletiram sobre a mudança do equilíbrio de poder na Europa, enfatizando que a segurança do continente está intrinsecamente ligada à efetividade da organização. Este movimento reafirma a relevância da OTAN em um mundo cada vez mais polarizado, onde as ameaças não são apenas territoriais, mas também cibernéticas e informacionais.
Assim, a cúpula em Haia não apenas reestabeleceu o comprometimento dos membros da OTAN com a dissuasão, mas também definiu uma nova era de preparo e cooperação mútua entre as nações, sinalizando que a aliança está disposta a enfrentar os desafios contemporâneos com responsabilidade e vigor.