No entanto, Barroso informou que mais da metade dos golpistas recusaram ou não responderam à proposta, demonstrando uma postura de radicalidade por parte desses indivíduos. O ministro ressaltou que o acordo foi direcionado apenas aos participantes das manifestações em frente aos quartéis.
Para aceitarem o acordo, os condenados deveriam pagar uma multa de R$ 5 mil (se tivessem condições financeiras), se abster de usar redes sociais por dois anos e realizar um curso sobre democracia no Ministério Público. Até o momento, 898 réus foram responsabilizados criminalmente pela invasão, com 371 deles recebendo penas privativas de liberdade e 527 optando pelas penas alternativas do acordo.
Barroso também comentou sobre a possibilidade de discutir uma anistia para os envolvidos, uma demanda comum entre aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, o ministro ressaltou a importância de primeiro punir eventuais delitos, para só depois considerar revisões nas penas.
Os novos presidentes da Câmara e do Senado afirmaram que podem pautar a discussão sobre anistia, mas reconhecem que o tema divide o Legislativo. Barroso destacou que o Congresso Nacional é o local apropriado para discutir tais questões.
Em resumo, a recusa de grande parte dos golpistas ao acordo de não persecução penal evidencia a complexidade do cenário político atual, onde questões éticas, políticas e jurídicas se entrelaçam na busca por uma solução justa e equilibrada para os envolvidos nos eventos de 8 de Janeiro.