Segundo informações da PF, Júnior foi incluído na lista vermelha de difusão da Polícia Internacional (Interpol), o que permite a sua prisão em caso de estar em outro país onde haja mandado em aberto no Brasil. O inquérito aponta que o ex-dirigente teria esvaziado as contas do Pros no momento em que foi destituído do cargo, transferindo valores para uma fundação na qual ele e seus familiares detinham poderes de gestão.
Além disso, a investigação revelou que Júnior teria buscado garantir um crédito com uma agência de turismo para custear suas viagens, que incluíam destinos como Miami e Orlando, com escalas prolongadas em países considerados paraísos fiscais, como o Panamá. A PF destacou a necessidade de aprofundar as investigações para obter mais provas sobre as movimentações financeiras do ex-dirigente.
Outro ponto ressaltado no inquérito foi a retirada de equipamentos avaliados em mais de R$ 15 milhões da sede do Pros em Planaltina, Goiás, quatro dias antes de Júnior deixar o cargo, bem como a remoção de dez veículos, um helicóptero, aparelhos de ar-condicionado, computadores e móveis pertencentes ao partido.
A operação da Polícia Federal marca mais um capítulo na luta contra a corrupção e o desvio de verbas públicas no cenário político brasileiro, reforçando a importância da fiscalização e punição de práticas ilícitas que comprometam a integridade da democracia e a confiança dos cidadãos nas instituições.