A ex-vice-primeira-ministra destacou a persistência de problemas globais, como a desigualdade entre países e as consequências do colonialismo histórico, como fatores que têm exacerbado as tensões financeiras e sociais no cenário internacional. Para ela, as atuais crises de segurança alimentar e energética são frutos de um sistema que favorece os interesses de um grupo restrito de nações em detrimento da coletividade mundial. Matvienko explicou que essas circunstâncias geram uma representação desigual em organismos internacionais, acentuando conflitos em várias regiões do planeta.
A presidente do Senado russo enfatizou ainda que muitos dos dilemas enfrentados pela comunidade internacional têm raízes profundas, refletindo como o legado colonial não resolvido continua a influenciar as relações globais. Segundo Matvienko, a dominação unipolar tem sido responsável por legitimar desigualdades, o que a torna incompatível com os princípios de democracia e justiça que muitos países anseiam.
Ao final de sua análise, Matvienko declarou: “O mundo unipolar está condenado a dar lugar a um modelo de ordem mundial verdadeiramente democrático e multipolar.” Essa afirmação não apenas sintetiza sua visão, mas também sugere um chamado à ação para repensar a maneira como as nações interagem no cenário global, enfatizando a necessidade de um novo paradigma que priorize a cooperação e o respeito mútuo. Essa transição em direção a um mundo multipolar pode ser vista como uma resposta às demandas contemporâneas por equidade e justiça global.