Presidente do Senado decide manter desoneração da folha para municípios pequenos e prorroga parte da MP 1.202/2023 por mais 60 dias

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tomou uma decisão importante em relação à validade da medida provisória editada pelo governo para encerrar a desoneração da folha de pagamentos. Pacheco optou por não prorrogar a parte da MP que revogava a desoneração da folha para municípios com até 156 mil habitantes, mantendo assim esse benefício.

Essa medida, na prática, impede que esses municípios tenham que pagar uma alíquota maior de contribuição previdenciária sobre a folha de pagamentos. A prorrogação da validade do restante da MP, que inclui o Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse), garante que o Congresso tenha mais tempo para discutir e analisar esses temas.

O argumento utilizado por Pacheco para justificar sua decisão foi a regra da noventena, que estabelece um prazo de 90 dias para que uma lei de alteração de tributos entre em vigor. Ele destacou que as prefeituras já estariam sofrendo os efeitos da medida a partir de uma determinada data e que essa mudança brusca na alíquota poderia prejudicar esses entes municipais.

É importante ressaltar que a discussão sobre a desoneração da folha de pagamento e seu eventual novo modelo deve ser tratada de forma integral por meio de um projeto de lei, e não por meio de uma medida provisória. Essa decisão busca garantir previsibilidade e segurança jurídica para todos os envolvidos no processo.

Todo esse contexto teve início em 2023, quando o Congresso aprovou o PL 334/2023, que prorrogava a desoneração da folha para alguns setores da economia e reduzia a alíquota da contribuição previdenciária para os municípios menores. Esse projeto foi vetado pelo presidente e, após a derrubada do veto, o governo editou a MP 1.202, que gerou polêmica no Legislativo.

Após negociações, o governo emitiu uma nova medida provisória (MP 1.208/2024) para corrigir parte dos problemas, mas ainda havia a necessidade de discutir a desoneração dos municípios. Com a decisão de Rodrigo Pacheco, o assunto continua em pauta no Congresso, demonstrando a importância da discussão sobre esse tema tão relevante para a economia do país. Assim, a busca por uma solução justa e equilibrada para a desoneração da folha de pagamento permanece em aberto.

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