Segundo Pacheco, o sistema de arapongagem criado pela Abin representou um uso clandestino e marginal de recursos públicos para perseguir indivíduos, o que configura, em sua visão, uma traição à sociedade brasileira. Entre os alvos da espionagem estavam autoridades do Congresso Nacional, ministros do Supremo Tribunal Federal, ex-governadores e servidores públicos.
Ao ser questionado se o Congresso teria falhado em fiscalizar a Abin, Pacheco refutou essa ideia, argumentando que houve uma sofisticação no método utilizado para contaminar a instituição de inteligência. Ele destacou a importância da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência do Senado, que tem a prerrogativa de realizar o controle e a fiscalização externos das atividades de inteligência e contrainteligência.
Em outubro, a comissão emitiu um comunicado repudiando o uso político da Abin após a operação “Última Milha” da Polícia Federal, que resultou em mandados de prisão e busca e apreensão contra servidores da agência. Pacheco ressaltou a importância de manter a integridade das instituições de inteligência e garantir que não sejam utilizadas para fins ilegais ou indevidos.