Presidente do Senado analisa com prudência pedido de impeachment contra ministro do STF após troca de mensagens polêmica.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, em entrevista coletiva em Belo Horizonte, nesta sexta-feira (23), afirmou que adotará uma postura cautelosa ao analisar um possível pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Pacheco, que recebeu uma homenagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), ressaltou a importância de não permitir que questões sensíveis sejam utilizadas como instrumento de desequilíbrio e ruptura social.

Um grupo de parlamentares no Senado e na Câmara se mobilizou para solicitar o impedimento de Moraes após a divulgação de reportagens do jornal Folha de S. Paulo, que revelaram trocas de mensagens entre assessores do ministro no STF e o setor de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral. Essas informações, de acordo com os parlamentares, teriam sido abusivas e alimentaram inquéritos contra os invasores das sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023.

Pacheco destacou sua responsabilidade com o cargo, a democracia e o equilíbrio do Brasil, ressaltando que medidas radicais poderiam afetar a economia, a inflação, o dólar, o desemprego e o desenvolvimento do país. Ele lembrou que, em 2021, recusou um pedido semelhante de impeachment contra Moraes feito pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, alegando falta de viabilidade jurídica e política.

Além disso, o presidente do Senado reagiu às pressões de parlamentares sobre o assunto e defendeu a atuação do Judiciário dentro dos limites constitucionais. Destacou também a importância da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 8/2021, aprovada no Senado, que limita decisões monocráticas no Supremo, e alertou sobre a necessidade de agir com responsabilidade em relação ao país.

Rodrigo Pacheco foi homenageado por seu apoio à UFMG e foi reconhecido pelo FORIPES por destinar emendas a instituições de ensino de Minas Gerais. Ele ressaltou seu compromisso com a educação e indicou que poderá auxiliar na negociação entre as universidades e o governo federal para destravar o orçamento das instituições de ensino, visando priorizar a educação como uma questão nacional.

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