De acordo com Nogueira, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa de Maceió (Semce) e a Fundação Municipal de Ação Cultural (FMAC) não teriam poder decisório no festival, sendo subordinadas à Secretaria de Comunicação (Secom), comandada pelo secretário Valões. Além disso, o presidente do Sated/AL destacou que a produção do evento foi terceirizada para uma empresa de fora, em vez de ser conduzida pela FMAC.
Outra questão levantada por Nogueira foi a rápida realização do festival, que teria sido fechado em apenas um mês, e a montagem de um camarote para cinco mil pessoas em menos de quatro dias antes do início do evento. O presidente do sindicato enfatizou que o camarote, destinado aos convidados do prefeito, contava com estrutura completa, incluindo comida e bebida, e que não houve venda de ingressos para o espaço.
Segundo Nogueira, a forma como o festival foi conduzido evidenciou a falta de compromisso das instituições municipais responsáveis pela cultura, que, segundo ele, estariam servindo apenas como “cabides de emprego”. Ele ainda criticou a ausência de representantes da cultura local no evento, ressaltando que as eleições do Conselho de Cultura, que deveriam ter ocorrido em outubro passado, foram adiadas, o que, na opinião de Nogueira, indicaria a falta de interesse da administração municipal em discutir e promover a produção cultural local.
Além disso, o presidente do Sated/AL questionou a parceria com a empresa de apostas esportivas VAIDEBET, que teria inserido uma estrutura exuberante no camarote, sem que os detalhes do contrato fossem divulgados. Nogueira também afirmou que, ao contrário de representantes da cultura, o festival teria sido frequentado principalmente por amigos do prefeito, membros do governo, políticos e empresários.
Diante dessas declarações, a Prefeitura de Maceió não se pronunciou sobre as críticas feitas pelo presidente do Sated/AL em relação ao Festival Massayó Verão.