Presidente do PT critica mercado financeiro e pede intervenção do Banco Central para conter inflação e reduzir taxas de juros.



A presidente nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), deputada Gleisi Hoffmann, criticou duramente o mercado financeiro em pronunciamento nesta sexta-feira. Enquanto o governo debate um pacote de cortes de gastos, Gleisi afirmou que não é cortando benefícios do povo que a inflação será combatida.

Em suas declarações, a dirigente petista destacou a necessidade de intervenção do Banco Central no mercado de câmbio, e defendeu a postura do ex-presidente Lula em criticar e agir com cautela frente à pressão do mercado. De acordo com Gleisi, o presidente foi eleito pelo povo e não pelos interesses do mercado financeiro.

Para a presidente do PT, a alta do IPCA tem gerado uma pressão no mercado, levando alguns a defender urgência em um pacote de cortes nos gastos do governo para conter a inflação. No entanto, Gleisi questionou se esta seria a única saída, levantando questões sobre a natureza da inflação no Brasil.

Ela destacou que a inflação no país não é de demanda, resultante de uma economia aquecida, mas sim de oferta, provocada pela crise climática e pelo aumento do dólar. Para Gleisi, é fundamental que o Banco Central atue no mercado de câmbio e que haja uma revisão nos subsídios e desonerações fiscais, além de uma redução na taxa Selic.

A decisão recente do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar os juros para 11,25% ao ano foi mencionada pela presidente do PT, que enfatizou a importância de buscar alternativas para não onerar a população com medidas de austeridade em momento de crise.

Gleisi também fez críticas aos poderes Judiciário e Legislativo, destacando a necessidade de responsabilidade e justiça na distribuição dos impactos da crise climática. A dirigente petista já teve embates públicos com o ministro da Fazenda em relação à política econômica do governo.

Diante desse cenário de debate econômico e político, Gleisi reforçou a posição do PT em defesa dos interesses populares e em busca de alternativas que garantam equilíbrio e justiça social no enfrentamento dos desafios econômicos do país.

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