A presidente Boluarte, que assumiu o cargo em 2022, após a remoção de Castillo, enfrenta um cenário desafiador, permeado por protestos populares e crises de confiança em sua liderança. Durante o anúncio, a presidente enfatizou o compromisso com a democracia e com a realização de eleições limpas, declarando: “Cumprindo o mandato constitucional e legal, convocamos eleições gerais para 12 de abril de 2026”. Este convite à participação do eleitorado reflete uma tentativa de restaurar a legitimidade política e promover um futuro mais estável para o país.
Desde sua posse, Boluarte é alvo de crescente descontentamento popular, que se intensificou com questões relacionadas a escândalos de corrupção, violência policial e organizações criminosas. De acordo com as últimas pesquisas, sua taxa de desaprovação atingiu alarmantes 92%, ilustrando a pressão que enfrenta para garantir a governabilidade em um clima de desconfiança generalizada.
O governo busca agora manter a estabilidade até a data das eleições, enfrentando o desafio de gerenciar um ambiente político conturbado. As manifestações, que têm exigido mudanças radicais na forma de governar, refletem o anseio da população por soluções eficazes que abordem os múltiplos problemas que o Peru enfrenta atualmente.
Com a data das eleições marcada, as expectativas em torno do processo eleitoral se elevam, prometendo um período crucial para à nação andina. A população agora aguarda não apenas melhorias nas condições sociais e políticas, mas também uma transformação genuína que possa restabelecer a confiança nas instituições democráticas e promover um verdadeiro engajamento cívico. A situação política do Peru, moldada por sua história recente, continua a ser um campo fértil para intensos debates e mobilizações populares à medida que a data do pleito se aproxima.