A arma, que estava em posse do filho de Valdemar, estava com documentos atrasados, enquanto a pepita, avaliada em R$ 11.700, foi periciada no Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF, onde profissionais especializados tentam rastrear a origem do material.
A ação da PF faz parte de uma investigação sobre a suposta tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, que envolveu o ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns de seus principais aliados, como ex-ministros de seu governo.
Segundo o procurador-geral da República, Paulo Gonet, há indícios da participação de Valdemar Costa Neto no “sistema delituoso que se apura”. A autoridade policial indicou que encontrou evidências de que investigados se teriam valido da estrutura da residência do Comitê de Campanha da agremiação política presidida por Costa Neto, para realizar ajustes na minuta de um ato golpista.
Na decisão que deferiu as medidas, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, afirmou que Valdemar é tido pela PF como o “principal fiador” dos questionamentos sobre as urnas eletrônicas. Após a derrota do ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022, o PL pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a verificação do resultado do segundo turno das eleições, solicitando a invalidação dos votos de mais de 250 mil urnas.
Os fatos investigados configuram, em tese, os crimes de organização criminosa, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado, informou a PF em nota. Diante disso, Valdemar Costa Neto enfrentará a audiência de custódia perante o Supremo Tribunal Federal, aguardando a decisão sobre seu futuro político e jurídico.