Presidente do Parlamento Turco Rejeita Proposta de Trump: ‘Terras Palestinas Não Estão à Venda’

Em um recente discurso, o presidente do Parlamento da Turquia, Numan Kurtulmus, fez uma contundente declaração em defesa da soberania palestina, enfatizando que as terras palestinas não estão disponíveis para negociações ou transações com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A afirmação surge como uma resposta a comentários feitos por Trump, que, em sua retórica, insinuou que os Estados Unidos poderiam “assumir o controle” da Faixa de Gaza. O político turco deixou claro que as terras pertencem ao povo palestino e não podem ser tratadas como um “cupom de venda”.

As declarações de Trump incluem a proposta de transformar Gaza em uma “Riviera do Oriente Médio”, com a promessa de liderar esforços de reconstrução na região devastada por conflitos. O ex-presidente também sugeriu que os residentes de Gaza deberían ser reassentados em países vizinhos, como a Jordânia e o Egito, uma ideia que foi recebida com desagrado tanto por líderes turcos quanto pela presidência do Hamas, que reafirmou sua oposição a qualquer forma de intervenção militar americana na área.

Kurtulmus fez questão de destacar que somente o povo palestino tem o direito de decidir sobre sua terra, tornando-se uma voz importante em meio a um contexto de tensões contínuas na região. “As terras dos muçulmanos e cristãos palestinos não estão à venda”, afirmou. Ele argumentou que nenhum outro poder externo tem legitimidade para intervir ou decidir o futuro da Palestina, reiterando que a soberania é uma questão intrinsecamente nacional.

Na sequência das declarações de Trump, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, também manifestou veemente oposição à possibilidade de tropas norte-americanas entrarem em Gaza, considerando tal ideia como mais uma forma de ocupação. Abu Zuhri enfatizou que a luta contra a ocupação israelense perdura e que novas tentativas de controle externo seriam inaceitáveis.

As palavras de líderes turcos e palestinos refletem um sentimento mais amplo de resistência contra a interferência americana na dinâmica política da região, sublinhando que a situação em Gaza requer soluções que respeitem a autodeterminação dos povos ao invés de intervenções externas que pouco entendem do complexo panorama político e humano da área.

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