As declarações de Trump incluem a proposta de transformar Gaza em uma “Riviera do Oriente Médio”, com a promessa de liderar esforços de reconstrução na região devastada por conflitos. O ex-presidente também sugeriu que os residentes de Gaza deberían ser reassentados em países vizinhos, como a Jordânia e o Egito, uma ideia que foi recebida com desagrado tanto por líderes turcos quanto pela presidência do Hamas, que reafirmou sua oposição a qualquer forma de intervenção militar americana na área.
Kurtulmus fez questão de destacar que somente o povo palestino tem o direito de decidir sobre sua terra, tornando-se uma voz importante em meio a um contexto de tensões contínuas na região. “As terras dos muçulmanos e cristãos palestinos não estão à venda”, afirmou. Ele argumentou que nenhum outro poder externo tem legitimidade para intervir ou decidir o futuro da Palestina, reiterando que a soberania é uma questão intrinsecamente nacional.
Na sequência das declarações de Trump, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, também manifestou veemente oposição à possibilidade de tropas norte-americanas entrarem em Gaza, considerando tal ideia como mais uma forma de ocupação. Abu Zuhri enfatizou que a luta contra a ocupação israelense perdura e que novas tentativas de controle externo seriam inaceitáveis.
As palavras de líderes turcos e palestinos refletem um sentimento mais amplo de resistência contra a interferência americana na dinâmica política da região, sublinhando que a situação em Gaza requer soluções que respeitem a autodeterminação dos povos ao invés de intervenções externas que pouco entendem do complexo panorama político e humano da área.