“Por que não chamamos de América Mexicana? É bonito, não é?”, afirmou Sheinbaum, sorrindo ao exibir o mapa, em um gesto que ressaltou a desconexão entre as afirmações de Trump e a realidade histórica que ele ignorou. Este episódio adiciona mais uma camada às tensões entre os dois países. Trump, que frequentemente critica o México, uma vez chamou o país de “basicamente controlado pelos cartéis”, uma afirmação que Sheinbaum refutou, afirmando que o que realmente governa o México é o povo, e que o país é soberano e independente. A presidente expressou sua intenção de manter uma relação colaborativa com o governo norte-americano, enfatizando a importância da soberania nacional.
Além disso, Sheinbaum fez questão de destacar que o governo mexicano está comprometido em cooperar com os Estados Unidos em questões delicadas, como imigração e segurança. Contudo, ela frisou que uma grande quantidade de armas apreendidas no México é proveniente dos EUA, sublinhando a necessidade de abordar o tráfico de armas como um problema crucial que deve ser enfrentado em conjunto pelos dois países.
O incidente com a sugestão de Trump sobre o nome do golfo remete a uma história mais profunda entre os países e provoca reflexões sobre a identidade e a influência cultural que permeiam a relação entre os Estados Unidos e México. Desde questões geopolíticas até a forma como a cultura e a história são percebidas e reivindicadas, a resposta de Sheinbaum transcende a ironia, representando um chamado à reconsideração da narrativa que rodeia as interações entre as nações vizinhas. A presidente deixou claro que, apesar das diferenças, o México está disposto a dialogar e encontrar caminhos que beneficiem ambos os lados, enfatizando sempre a importância da soberania e do respeito mútuo.