Em uma coletiva de imprensa, Sheinbaum reafirmou sua posição, enfatizando que não há informações que corroborassem a ocorrência de tal ação militar e que o governo mexicano não está de acordo com essa ideia. A presidente tem se oposto consistentemente a qualquer tipo de intervenção unilateral dos EUA, inclusive desconsiderando propostas do ex-presidente Donald Trump, que sugeriu o envio de tropas americanas ao país vizinho para auxiliar no combate ao narcotráfico.
A porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, também se manifestou sobre o tema, mas evitou confirmar ou negar as alegações de possíveis movimentações militares. Ao ser questionada a respeito, Leavitt declarou que não comentaria informações que não foram oficialmente confirmadas, frustrando qualquer expectativa de esclarecimento sobre a intenção do governo dos EUA em relação ao México.
Desde setembro, os Estados Unidos têm intensificado seus esforços no combate ao tráfico de drogas, realizando ataques em embarcações suspeitas no Pacífico Leste e no Caribe, os quais resultaram na morte de dezenas de pessoas. O governo anterior, liderado por Trump, justificou essas ações alegando que as vítimas eram traficantes de drogas, embora faltassem provas concretas para sustentar tais alegações. Essas operações militares têm sido alvo de críticas severas por parte de líderes de outros países da América Latina, incluindo os presidentes da Colômbia e da Venezuela, que condenaram a postura intervencionista dos Estados Unidos.
Dessa forma, a declaração de Sheinbaum e a recusa da Casa Branca em se pronunciar sobre uma possível ação militar refletem as tensões e as complexidades nas relações bilaterais entre México e Estados Unidos, além da crescente preocupação com a segurança e a soberania nacional do México diante de intervenções estrangeiras.
