Em seu mandato como presidente, Raisi supervisionou uma estratégia para expandir a influência regional do país, apoiando militantes por procuração em todo o Oriente Médio, acelerando o programa nuclear iraniano e levando o país à beira da guerra com Israel. Entretanto, o Irã também enfrentou grandes protestos contra o governo e uma grave desaceleração econômica causada por sanções internacionais e alto índice de desemprego.
Raisi concorreu sem sucesso à presidência do país em 2017 contra Hassan Rouhani e foi eleito em 2021 em uma eleição em que seus adversários potenciais foram impedidos de concorrer pelo sistema de verificação do Irã. Durante 1988, Raisi participou de execuções em massa no Irã, com cerca de 5 mil mortes, segundo grupos internacionais de direitos humanos.
Em 2019, o Tesouro dos EUA sancionou Raisi por sua supervisão administrativa sobre execuções de indivíduos e tortura em prisioneiros no Irã. Como presidente, ele foi favorável ao enriquecimento de urânio do país até níveis próximos aos de armas e apoiou a repressão a opositores, incluindo os protestos após a morte de Mahsa Amini, em 2022. Raisi também foi apontado como responsável pela violência que levou à morte de Amini após sua prisão por não seguir as regras ultraconservadoras do país.
Diante desses fatos, a figura de Ebrahim Raisi como presidente do Irã é envolta em polêmicas, tanto no cenário nacional quanto internacional, com acusações de violações dos direitos humanos e apoio a políticas rígidas e ultraconservadoras. O acidente de helicóptero em Jolfa adiciona mais um capítulo à conturbada carreira política de Raisi, que segue como uma das figuras mais controversas e poderosas do Irã atual.
