Presidente do Ibama não consegue prever prazo para análise de pedido de perfuração na Margem Equatorial pela Petrobras.

O presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, afirmou em entrevista nesta quinta-feira, 30, que não é possível determinar um prazo exato para a análise final do pedido de perfuração do bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial. Agostinho explicou que a Petrobras apresentou um novo plano de emergência em dezembro, o qual está sendo minuciosamente examinado pela equipe responsável.

O plano de emergência da Petrobras está fundamentado em uma nova base de atendimento localizada em Oiapoque (AP), a aproximadamente 150 quilômetros de distância da área de possível perfuração. De acordo com Agostinho, a empresa prevê a inauguração dessa base de atendimento no final de março, o que será um elemento crucial para garantir a segurança e proteção da fauna oleada na região.

O Plano de Proteção e Atendimento à Fauna Oleada (PPAF) deve estar em conformidade com o “Manual de Boas Práticas de Manejo de Fauna Atingida por Óleo”. Isso inclui protocolos que garantam a presença de veterinários em embarcações e helicópteros preparados para agir em casos de emergência.

Recentemente, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, participou de uma reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, com ministros e autoridades ambientais para discutir a exploração da Margem Equatorial. O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, demonstrou otimismo em relação à aprovação dos estudos da Petrobras para a exploração da região, ressaltando a importância dessa atividade para o desenvolvimento nacional.

Silveira destacou a importância da transição energética global e expressou a crença de que a autorização para a pesquisa na Margem Equatorial será concedida, desde que todos os requisitos sejam atendidos pela Petrobras. Ele ressaltou que, enquanto a demanda por petróleo existir, a produção continuará sendo necessária, especialmente em países em desenvolvimento como o Brasil.

O ministro enfatizou que o Brasil está avançando na transição energética e exportando sustentabilidade, contribuindo para um mundo mais equilibrado em termos energéticos. A expectativa é de que a análise do pedido de perfuração do bloco FZA-M-59 seja concluída em breve, permitindo que a Petrobras inicie as atividades de exploração na Margem Equatorial.

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