De acordo com Mercadante, uma possível solução seria o Tesouro Nacional cobrir essas perdas, evitando a necessidade de uma emenda constitucional. O presidente do BNDES destacou que o objetivo é garantir a continuidade dos desembolsos previstos para este ano, que variam entre R$ 130 bilhões e R$ 160 bilhões. Em 2023, o banco liberou cerca de R$ 115 bilhões em empréstimos.
Para ampliar suas fontes de recursos, o BNDES tem adotado medidas como o aporte de R$ 10 bilhões no Fundo Clima, captações junto a instituições multilaterais e a proposta de criação das LCD, um título específico de renda fixa para bancos de desenvolvimento captarem no mercado. No primeiro trimestre de 2024, o banco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 2,7 bilhões, um aumento de 59% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro contábil, impulsionado por dividendos da Petrobras, foi de R$ 5,2 bilhões, um aumento de 25%.
Além disso, os desembolsos para financiamentos ativos tiveram um crescimento de 22% no primeiro trimestre, com um total de R$ 23,3 bilhões liberados. Esse foi o melhor desempenho para primeiros trimestres desde 2016. Em resumo, o BNDES está buscando alternativas para garantir o fluxo de recursos necessários para viabilizar seus projetos de desenvolvimento e fomento à economia.