Durante a palestra, Campos Neto ressaltou que o Brasil foi um dos poucos países que realizaram reformas estruturais durante a pandemia, o que pode ter resultado em um aumento do PIB potencial. O presidente do BC destacou que as previsões econômicas têm sido superadas e que o desemprego não aumentou como era esperado, apesar dos erros nas previsões dos economistas.
Em relação à produtividade, Campos Neto mencionou que houve ganhos significativos apenas no agronegócio, enquanto os demais setores apresentam números negativos. O presidente do BC também abordou a transição energética, alertando que essa mudança não resultará em ganhos de produtividade em todos os países e terá um custo significativo a curto prazo.
Ao analisar a conjuntura internacional, Campos Neto apontou o aumento da dívida e dos juros altos como “rachaduras” na economia global. Ele destacou a dificuldade de rolagem da dívida americana e ressaltou os impactos nas economias emergentes. Além disso, o presidente do BC mencionou a mudança no modelo de crescimento da China, que agora se baseia na expansão da oferta e exportações, afetando o comércio global.
Campos Neto ressaltou ainda as restrições impostas a produtos exportados pela China e o impacto do protecionismo sobre o crescimento do país asiático, que é um dos principais destinos das exportações brasileiras. Ele avaliou que a China mudou sua estratégia de crescimento e escolheu investir em setores estratégicos, assim como fez em 2001.
Em resumo, a participação de Roberto Campos Neto na conferência do banco Safra evidenciou a importância das reformas estruturais para o Brasil, além de abordar os desafios e oportunidades presentes na economia global. Com uma visão otimista, o presidente do BC destacou os avanços do país e alertou para os pontos de atenção no cenário internacional.