Campos Neto destacou que existe um debate pouco maduro em países desenvolvidos sobre a importância de se preocupar com o equilíbrio fiscal. Ele enfatizou que os governos desses países se acostumaram a viver com taxas de juros próximas a zero e essa realidade está mudando, o que torna a tarefa dos bancos centrais mais desafiadora ao precisarem convencer o Executivo e o Congresso a fazerem a parte deles.
O presidente do BC brasileiro também mencionou as dificuldades em cortar gastos no Brasil, especialmente devido às altas despesas obrigatórias, como os salários do funcionalismo e os gastos com Previdência Social. Segundo ele, essa questão afasta investimentos estrangeiros, uma vez que os investidores internacionais analisam a trajetória da dívida, a capacidade de arrecadação, a eficiência do gasto e o crescimento estrutural de um país. Campos Neto ressaltou que o Brasil tem enfrentado desafios nesses aspectos.
Diante desse cenário complexo, as declarações de Roberto Campos Neto mostram a preocupação com a situação econômica não apenas do Brasil, mas também da economia global. A necessidade de um ajuste fiscal responsável e de um trabalho conjunto entre os poderes públicos se torna essencial para que as taxas de juros possam ser reduzidas e a economia se estabilize. Essa visão do presidente do Banco Central reforça a importância de ações efetivas e colaborativas para garantir um ambiente econômico mais sólido e sustentável.