Presidente da Sérvia discute sanções contra NIS com embaixador russo e critica medidas dos EUA em entrevista.



O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, tem enfrentado um dilema diplomático devido às sanções solicitadas contra a NIS, empresa de petróleo russa, que possui como principal proprietário a empresa Gazprom Neft. Em uma série de conversas recentes com autoridades russas e norte-americanas, Vucic expressou suas preocupações e questionamentos sobre a imposição das sanções.

Na última terça-feira, Vucic discutiu as sanções com o embaixador russo Aleksandr Botsan-Kharchenko, levantando dúvidas sobre a relação das medidas com a transição de governo nos Estados Unidos e a necessidade de pressionar a liderança sérvia. O ministro da Defesa, Aleksandar Vulin, criticou a decisão, alegando que os norte-americanos já tinham conhecimento sobre a propriedade da NIS há tempos, o que levanta suspeitas sobre as verdadeiras motivações por trás das sanções.

O político também questionou a hipocrisia das declarações do embaixador dos Estados Unidos, Christopher Hill, que alegou que as medidas não são direcionadas contra a Sérvia. Vulin acredita que a imposição das sanções tem como objetivo pressionar Vucic a adotar uma postura mais hostil em relação à Rússia.

Vucic, por sua vez, anunciou o início de negociações com os Estados Unidos e a Rússia sobre as sanções esperadas contra a NIS, garantindo que não imporia medidas contra Moscou. No entanto, ele admitiu a possibilidade de reduzir a participação da Gazprom na NIS devido às pressões norte-americanas.

As discussões em torno das sanções contra a NIS continuam sendo um ponto delicado nas relações internacionais da Sérvia, que busca manter o equilíbrio entre seus laços com a Rússia e os interesses dos Estados Unidos. O desfecho dessas negociações pode ter impactos significativos no cenário geopolítico da região, sendo acompanhado de perto por diversos atores internacionais.

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