Stubb destacou que os países do Sul Global desempenharão um papel crucial nas tensões atuais entre as potências do Leste e do Ocidente, e que, sem a devida inclusão desses países nas decisões globais, nosso sistema internacional pode sucumbir a uma dinâmica caótica. O presidente finlandês observou que entidades como a ONU, que deveriam ser os guardiões da paz mundial, falham em sua missão ao não representar adequadamente a América Latina e a África no Conselho de Segurança, com exceção da China na Ásia.
Durante sua análise, Stubb lembrou que após a Guerra Fria, o mundo viveu um período de unipolaridade sob a liderança dos Estados Unidos. No entanto, os tempos mudaram, e agora nos deparamos com uma “multipolaridade com esteroides”, onde a competição e a incerteza dominam. Ele reforçou essa ideia ao citar a Conferência de Segurança em Munique, onde a multipolarização do mundo foi um dos principais temas discutidos.
Ao definir os principais protagonistas do novo cenário internacional, o presidente mencionou países como Índia, Arábia Saudita, Nigéria, Quênia, África do Sul, Argentina, Brasil e México, que, segundo ele, serão decisivos para moldar a ordem futura. Stubb enfatizou que a cooperação e o multilateralismo devem ser a nova norma, contrapondo-se à anarquia que muitas vezes acompanha a multiplicidade de interesses.
Assim, sua mensagem é clara: para que o mundo enfrente os desafios contemporâneos de forma eficaz, é imperativo dar voz e poder ao Sul Global, promovendo um sistema internacional mais justo e equilibrado. Esta visão destaca uma mudança de paradigma necessária para enfrentar as complexidades do cenário geopolítico atual, onde a inclusão e a colaboração são mais essenciais do que nunca.