Durante sua aparição pública, Yoon expressou pesar pelas surpresas e preocupações causadas pela decisão de implementar a lei marcial, que tradicionalmente é empregada em tempos de guerra ou crises sociais agudas. Ele também assegurou que não fugiria de suas responsabilidades legais e políticas relacionadas à declaração.
Na mesma ocasião, o presidente afirmou que confiaria em seu partido para decidir seu futuro político e contribuir na estabilização da situação no país. Contudo, rumores sobre sua iminente renúncia ganharam força, especialmente após Han Dong-hoon, líder do partido governista, anunciar que a saída de Yoon parecia ser inevitável.
A Assembleia Nacional da Coreia do Sul, que já havia criticado a decisão do presidente como um abuso de poder, se preparava para votar pelo impeachment. A imposição da lei marcial provocou uma reação rápida: as Forças Especiais do Exército foram enviadas ao parlamento para tentar impedir a entrada de parlamentares, mas a Assembleia conseguiu reunir-se e votou pelo fim da lei marcial, desafiando a ação do chefe de Estado.
Além de discutir o impeachment, a Assembleia também avaliaria um pedido de investigação da primeira-dama, Kim Kyung-hee. Para que o impeachment de Yoon seja validado, é necessário que 200 dos 300 deputados votem a favor da medida, implicando que o apoio de alguns membros do partido governista será crucial.
Esse episódio não apenas evidencia a fragilidade do governo de Yoon, mas também reflete a tumultuada paisagem política sul-coreana, onde a luta pelo poder e a confiança nas instituições democráticas estão em uma pauta extremamente delicada. A população aguarda ansiosamente o desdobramento dos eventos nos próximos dias, enquanto a crise política continua a se intensificar no país.