Segundo Petro, a decisão de romper relações diplomáticas com Israel se deve à postura do país em relação aos ataques do Hamas contra o sul de Israel em outubro de 2023. O líder esquerdista, defensor da causa palestina, afirmou que não pode ser cúmplice de um presidente genocida e que é hora de tomar uma posição firme em relação ao conflito em Gaza.
O conflito entre Israel e o Hamas teve início em 7 de outubro, quando combatentes do Hamas mataram cerca de 1,2 mil pessoas, a maioria civis, e levaram mais de 240 como reféns para a Faixa de Gaza. Em resposta, Israel prometeu aniquilar o Hamas, resultando na morte de milhares de pessoas, a maioria mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde.
Petro comparou as mortes de palestinos ao Holocausto judeu perpetrado pelos nazistas, o que gerou reclamações do embaixador de Israel em Bogotá. No entanto, no protesto organizado por Petro no centro de Bogotá, houve apoio à decisão de romper relações diplomáticas com Israel.
A Colômbia é um dos principais aliados da África do Sul no processo contra Israel na Corte Internacional de Justiça, no qual acusa o Estado judeu de genocídio contra os palestinos em Gaza. Petro e o presidente brasileiro, Lula, acreditam que Netanyahu está violando as normas da Convenção sobre Genocídio da ONU.
Apesar de Israel ser um dos principais fornecedores de armas para a Colômbia, Petro decidiu suspender a compra de armas do país em fevereiro. O presidente garante que apoia qualquer decisão que leve a um cessar-fogo entre Israel e o Hamas. A comunidade internacional, representada pelo chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, também está empenhada em buscar uma trégua no conflito.