A discussão ocorreu entre deputados da base do governo e da oposição, durante uma sessão que estava sendo conduzida pela 3ª secretária da Mesa Diretora, deputada Delegada Katarina (PSD-SE). O líder do PT na Câmara, Lindberg Farias (PT-RJ), tentava falar em uma das tribunas do plenário, enquanto aliados seguravam cartazes sobre a denúncia contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), mas foi interrompido diversas vezes por deputados oposicionistas.
Diante disso, Motta decidiu retomar a presidência da sessão e repreendeu veementemente os parlamentares envolvidos no conflito. Ele destacou que não toleraria agressões entre colegas e pediu desculpas à deputada Katarina, que presidia a sessão no momento da confusão.
Com os ânimos acirrados no início deste ano legislativo, principalmente em decorrência de temas como a alta no preço dos alimentos, a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Bolsonaro e seus aliados e a anistia a condenados por participação em atos antidemocráticos, os embates têm sido frequentes entre governistas e oposicionistas.
Diante desse cenário, Motta anunciou que pretende estabelecer novas normas de convivência na Câmara, incluindo medidas como mais rigor no código de vestimenta. Segundo o presidente, deputados que não estiverem de acordo com as regras de vestimenta, como usar camiseta ou estar sem gravata, não poderão entrar no plenário.
Outra medida discutida foi a possibilidade de utilização do recurso do Conselho de Ética da Câmara, que prevê a suspensão cautelar de um congressista por seis meses, mediante um pedido da Mesa Diretora. Essas decisões serão tema de discussão nas próximas reuniões do colégio de líderes.