Com embates previstos entre bolsonaristas e lulistas, Teixeira destacou a importância de respeitar a diversidade de opiniões no Legislativo. Ele ressaltou que pretende pautar projetos mesmo que não tenham acordo para aprovação, pois acredita que é o papel dos vereadores representar as demandas da sociedade que os elegeram.
Antes mesmo do início dos trabalhos em plenário, vereadores como Lucas Pavanato, do PL, já protocolaram projetos contrários à população transgênero, refletindo a polarização que deve marcar os debates na Câmara Municipal de São Paulo. Parlamentares da direita, com base eleitoral nas redes sociais, também estão mirando em uma agenda “anti-woke”, contestando políticas voltadas para minorias sociais.
Diante desse cenário, Ricardo Teixeira anunciou que prega o diálogo e trabalhará para diminuir as tensões no plenário. Uma das estratégias será adiantar as discussões no Colégio de Líderes, visando criar um espaço para debates mais amplos antes das sessões ordinárias.
Além das questões ideológicas, Teixeira destacou que pretende priorizar discussões sobre temas atuais da cidade, como o serviço de mototáxi, a violência no trânsito e as enchentes causadas pelas chuvas. Ele defendeu a regulamentação dos mototáxis na capital e a criação de uma CPI para investigar as mortes de motociclistas na cidade, incluindo a atuação das empresas de aplicativos de transporte.
Outro ponto abordado foi a ampliação do número de radares na cidade, como medida para diminuir a violência no trânsito. Teixeira destacou a importância de uma fiscalização eficiente e criticou a proibição do aumento de radares, realizada pelo prefeito Ricardo Nunes no ano passado.
Em relação às enchentes na cidade, Teixeira destacou a necessidade de buscar soluções para áreas como o Jardim Pantanal, na zona leste. Ele defendeu a permanência das famílias atingidas e prometeu atuar para propor medidas que melhorem a qualidade de vida dessas comunidades.
Apesar das dificuldades iniciais na relação com o Executivo, Teixeira afirmou que mantém um bom relacionamento com o prefeito Ricardo Nunes. Ele também ressaltou que seu mandato na presidência da Câmara Municipal de São Paulo durará apenas um ano, seguindo um acordo de rodízio estabelecido pela bancada do União na Casa.
Com uma postura de diálogo e busca por soluções para os problemas da cidade, Ricardo Teixeira inicia seu mandato como presidente da Câmara Municipal de São Paulo enfrentando desafios e promovendo debates importantes para a sociedade paulistana.