Presidente da Câmara Arthur Lira deve barrar avanço do “pacotão anti-STF” aprovado na CCJ, apontam líderes da Casa.



Na última quarta-feira (9/10), a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados aprovou o chamado “pacotão anti-STF”, composto por duas Propostas de Emenda à Constituição (PECs) e um projeto de lei. A expectativa de líderes da Casa é de que essas propostas não avancem mais em 2024, principalmente devido ao término do mandato de Arthur Lira (PP-AL) como presidente da Câmara.

Uma das PECs aprovadas limita as decisões monocráticas dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), enquanto a outra permite ao Congresso suspender decisões da Corte que ultrapassem a “função jurisdicional”. Além disso, um projeto de lei que amplia os crimes de responsabilidade atribuíveis aos ministros do STF também foi aprovado pela CCJ.

O próximo passo seria a instalação de uma comissão especial para debater o mérito das propostas, decisão que cabe ao presidente da Câmara. No entanto, alguns ministros do STF enviaram um recado aos parlamentares, alertando para o fato de que as PECs não tiveram origem no Judiciário, como a Constituição Federal exige para mudanças no funcionamento do próprio poder.

Essa questão de origem das propostas é vista como “temerária” pelos integrantes do Supremo, e a possibilidade de a Corte decretar a inconstitucionalidade das propostas não está descartada. Os ministros admitem que a PEC em questão tem potencial para gerar uma nova crise entre os poderes Legislativo e Judiciário.

Diante desse cenário, é incerto o avanço dessas propostas na Câmara dos Deputados até o final de 2024, uma vez que a instabilidade entre os poderes Legislativo e Judiciário pode ser prejudicial para o ambiente político do país. Resta aguardar para ver como essa situação irá se desenrolar nos próximos meses.

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