Morales, que governou a Bolívia de 2006 a 2019, apontou o chefe das Forças Armadas, Juan José Zúñiga, como responsável pela situação. Zúñiga foi destituído do cargo nesta terça-feira, após ameaçar que não permitiria um retorno de Morales ao poder. Essa crise política recente tem raízes em eventos passados, especialmente no episódio da renúncia de Morales em novembro de 2019.
Na ocasião, Morales renunciou à presidência, alegando ter sido vítima de um golpe. Pressionado por militares e enfrentando protestos da oposição, ele tomou a decisão de deixar o cargo após três semanas de intensos conflitos. Após anúncios de fraudes nas eleições de 2019, Morales prometeu convocar novas eleições, mas acabou deixando o país e se refugiando inicialmente no México e posteriormente na Argentina, com apoio do presidente Alberto Fernández.
O retorno de Evo Morales à Bolívia aconteceu quase um ano depois de sua saída, coincidindo com a posse de Luis Arce como presidente. O clima de incerteza voltou a se instalar no país sul-americano, com a população acompanhando atentamente todos os desdobramentos dessa crise política.
Os próximos passos da Bolívia e a resposta do governo de Arce diante das mobilizações no Exército serão determinantes para a estabilidade do país. A comunidade internacional também está de olho na situação, preocupada com o desenrolar dos acontecimentos na nação andina. Este é um momento crucial para a democracia boliviana, e o desfecho dessa crise terá impacto não apenas no país, mas em toda a região.
