A Bielorrússia, vizinha e aliada da Rússia, está realizando sua primeira votação nacional desde os protestos em massa que ocorreram após as eleições presidenciais de 2020, que foram vencidas por Lukashenko. O presidente, que enfrenta acusações de fraude eleitoral, intensificou a repressão contra dissidentes, resultando em centenas de detidos e milhares de exilados.
A votação deste domingo está sendo realizada sem a participação da oposição, que convocou os cidadãos a boicotarem o pleito. A líder da oposição no exílio, Svetlana Tikhanoskaya, classificou a votação como uma farsa em um vídeo divulgado nas redes sociais, afirmando que a tentativa do regime de Lukashenko de legitimar seu poder não terá sucesso.
Segundo o grupo de defesa dos direitos humanos Viasna, a Bielorrússia possui atualmente 1.419 presos políticos, evidenciando o clima de repressão e intimidação no país. Além disso, a Bielorrússia se encontra cada vez mais isolada, especialmente depois que Lukashenko permitiu que a Rússia utilizasse seu território no início da ofensiva contra a Ucrânia.
Com um histórico controverso e marcado por acusações de autoritarismo e violações dos direitos humanos, Lukashenko enfrenta resistência interna e críticas internacionais. A continuidade de seu regime e a realização de eleições consideradas questionáveis perpetuam a instabilidade política no país e reforçam a necessidade de uma transição democrática.