As autoridades russas anunciaram que o presidente sírio, Bashar al-Assad, renunciou após negociações com os participantes do conflito sírio. Assad deixou a Síria e buscou refúgio na Rússia, onde recebeu asilo. Em seu lugar, Mohammed al-Bashir, líder do grupo salafita Hayat Tahrir al-Sham, foi nomeado como primeiro-ministro interino.
A queda do governo de Assad marca o fim de um período de 13 anos de guerra civil que assolou o país. O regime da família Assad, que havia começado com Hafez al-Assad em 1971 e se mantido com Bashar al-Assad a partir de 2000, enfrentou uma revolta armada que culminou na sua derrubada.
O conflito sírio teve suas origens nos protestos da Primavera Árabe em 2011, que evoluíram para uma guerra civil envolvendo diferentes grupos religiosos. Com a entrada da Rússia no conflito em 2015, a situação se estabilizou temporariamente, permitindo ao governo sírio reconquistar territórios como Aleppo.
No entanto, mudanças no cenário geopolítico da região, como a intervenção russa na Ucrânia e os ataques israelenses contra o Irã e seus aliados, criaram uma brecha para uma nova ofensiva da oposição síria. Grupos como o Tahrir al-Sham e o Exército Nacional Sírio, apoiado pela Turquia, lideraram os ataques contra o governo.
Essa onda de mudanças rápidas e significativas na Síria está gerando incertezas sobre o futuro do país e das suas populações vulneráveis. O conflito sírio, que já deixou milhares de mortos e milhões de deslocados, continua sendo uma das crises mais graves da atualidade e requer a atenção da comunidade internacional para encontrar uma solução duradoura e pacífica.
