O projeto de Milei visa substituir regras que datam da década de 1960 e que priorizam a garantia de suprimentos de combustível acessíveis no país. Essas regras têm sido apontadas como um impedimento para o desenvolvimento do vasto depósito de xisto conhecido como Vaca Muerta. A proposta de Milei também prevê que as vendas no exterior sejam livres e que o Poder Executivo não intervenha ou fixe preços no mercado doméstico, uma mudança histórica que quebra com cem anos de tradição argentina.
No entanto, a proposta de Milei enfrenta resistência no Congresso, já que seu partido é minoria e o projeto rompe com a estrutura do status quo na formulação de políticas argentinas. Mas, enquanto a legislação estiver sendo debatida, o governo começará a liberalização dos mercados de petróleo de maneira mais informal, deixando de intermediar as negociações entre os produtores de petróleo e as refinarias, permitindo que eles estabeleçam os preços do petróleo e da gasolina como desejarem.
As mudanças já começaram a impactar a população argentina, com os preços dos combustíveis aumentando em até 60% e os preços das fraldas dobrando. E, com o panorama econômico ainda incerto, as previsões apontam para um agravamento da crise no país. Apesar disso, os preços da gasolina na Argentina ainda estão entre os mais baixos do mundo, o que tem sido percebido como uma vantagem, mesmo diante dos aumentos recentes.
Enquanto isso, as medidas de Milei continuam a gerar controvérsias e prometem continuar sendo tema de debate e análise nos próximos meses, com possíveis repercussões positivas e negativas para a economia argentina.