A decisão de Sall vem em meio a um cenário de tensionamento entre o governo senegalês e potências estrangeiras, especialmente a França. No mês passado, o presidente Bassirou Diomaye Faye havia expressado sua preocupação com a presença de bases militares francesas, argumentando que isso fere a soberania nacional. No entanto, Sall ressaltou que o fechamento das bases não representa necessariamente uma ruptura nas relações com a França.
A movimentação do Senegal também coincidiu com informações da mídia francesa sobre uma redução significativa nos contingentes militares da França em países africanos, incluindo o Gabão, Senegal e Costa do Marfim. Segundo fontes oficiais, o número de militares franceses em cada uma dessas nações poderia ser reduzido para cerca de 100 pessoas em cada capital, com foco em atividades de apoio.
Essa mudança geopolítica na região africana tem levantado questionamentos sobre o papel das potências estrangeiras no continente e o impacto que essas presenças militares têm nas relações internacionais. O posicionamento do Senegal em encerrar as bases militares estrangeiras reflete uma busca por maior autonomia e soberania em um contexto de transformações globais.
Por Sputnik Brasil.