Presidenciável argentino Javier Milei critica Lula e promete corte de relações comerciais com o Brasil se eleito



Javier Milei, um dos principais candidatos à presidência da Argentina, vem ganhando destaque por suas críticas ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva e seu apoio declarado ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A relação entre Milei e Lula tem se intensificado nos últimos meses, com trocas de acusações e ataques nas redes sociais.

O presidenciável argentino, que é amigo do deputado federal Eduardo Bolsonaro, já chamou Lula de “ladrão”, “comunista furioso” e “ex-presidiário”. Essas críticas se intensificaram este ano, com os rumores de que Lula seria candidato à presidência novamente.

Um dos episódios mais recentes envolvendo os dois aconteceu no início de outubro, quando o jornal Estadão revelou que a Argentina conseguiu um empréstimo bilionário junto ao Banco de Desenvolvimento da América Latina, com aval do governo brasileiro. Isso beneficiou o candidato governista, Sergio Massa, principal rival de Milei.

Diante disso, o candidato libertário acusou Lula de atuar contra a sua candidatura e o chamou de “comunista furioso”. Essa possibilidade de vitória de Milei preocupa o governo brasileiro, pois pode afetar as relações comerciais entre os dois países, além de ameaçar o projeto de Lula de ampliar a influência do país na América Latina.

Em uma entrevista para o jornalista estadunidense Tucker Carlson, Milei afirmou que, caso vença as eleições, não fará negócios com o Brasil nem com qualquer país que ele considere “comunista”, colocando o presidente brasileiro na mesma categoria da China e da Rússia. Ele prometeu cortar as relações comerciais com esses países, alegando ser defensor da liberdade, paz e democracia.

Por outro lado, Lula já afirmou que pretende manter as relações com a Argentina, independente de quem vença as eleições. Segundo ele, o Brasil negociará com o país vizinho enquanto Estado, e não levando em consideração quem estará na presidência argentina. Lula é próximo do atual mandatário Alberto Fernandéz, que é adversário político de Milei.

Durante as últimas eleições brasileiras, Milei fez campanha a favor de Jair Bolsonaro e apareceu diversas vezes ao lado de Eduardo Bolsonaro. Em um encontro no dia 15 de outubro, o presidenciável argentino gravou um vídeo para suas redes sociais pedindo aos brasileiros que não se deixassem levar por Lula e votassem em Bolsonaro. Esse apoio é recíproco, já que Bolsonaro também gravou mensagens de apoio a Milei nas últimas semanas.

Milei já chamou Lula de “político ladrão” e o acusou de fazer parte de um grupo de políticos corruptos. Ele afirmou que o presidente brasileiro é um “socialista de bons modos” e que trabalha para o Foro de São Paulo. A possível vitória de Milei preocupa a esquerda na América Latina, mas cientistas políticos acreditam que ele terá problemas domésticos para resolver caso chegue à presidência, como hiperinflação, violência, pobreza e desemprego.

Em resumo, Javier Milei tem se destacado por seus ataques a Lula e seu apoio a Jair Bolsonaro. Essa relação conturbada entre os dois líderes políticos pode afetar as relações entre o Brasil e a Argentina, além de ter impactos na política da América Latina. A possível vitória de Milei preocupa o governo brasileiro, que busca manter as relações comerciais com o país vizinho, independentemente de quem esteja no poder. No entanto, segundo analistas políticos, o futuro presidente argentino provavelmente terá outros desafios a enfrentar antes de se envolver na política da região.

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