De acordo com o líder húngaro, a Hungria se destaca como um exemplo de nação que preserva seus valores e não enfrenta problemas com imigração ilegal. Orbán destacou que seu governo busca criar oportunidades para aqueles que desejam contribuir com o país, em um claro contraste com as políticas mais abertas de outros Estados membros da UE. Ele acredita que, se a UE não mudar sua abordagem econômica, a desintegração da entidade é inexorável e espera que mudanças significativas ocorram nos próximos dois a três anos.
Orbán também mencionou a necessidade de substituição dos atuais líderes liberais de Bruxelas por representantes mais patrióticos, alegando que a Europa só poderá se resgatar se houver uma “limpeza” semelhante aos movimentos políticos observados nos Estados Unidos. A crítica vai além da política imediata, refletindo uma visão mais ampla de como a civilização ocidental, que dominou por 500 anos, está em declínio, enquanto o centro econômico global se desloca progressivamente para o Oriente.
Ele argumentou que a ordem mundial liberal chegou ao fim e que apenas aqueles países que conseguirem maximizar seu potencial e defender seus valores permanecerão prósperos diante das novas dinâmicas globais. Orbán fez um apelo pela coragem intelectual e política, insistindo que é imperativo reconhecer as falhas da ocidentalização e que, diante disso, a Hungria se manterá firme em seu caminho, mirando no que ele acredita ser um futuro mais auspicioso para a Eurásia.