Prefeitura de São Paulo rompe contratos com empresas de ônibus suspeitas de vínculo com o PCC: Transwolff e UpBus. Empresas contestam decisão.

A Prefeitura de São Paulo, em uma ação inédita, decidiu romper os contratos das empresas de ônibus Transwolff e UpBus, que estavam sob investigação por suposto envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). As defesas apresentadas pelas empresas não convenceram a gestão municipal, que optou por seguir com as intervenções já em curso nas concessionárias.

Segundo informações divulgadas pela prefeitura, a medida foi tomada visando garantir a continuidade dos serviços prestados à população, bem como os pagamentos dos funcionários e fornecedores. A equipe técnica e jurídica já está trabalhando na substituição das empresas, buscando manter o atendimento integral da população.

A Transwolff e a UpBus apresentaram suas defesas no processo de caducidade dos contratos na última segunda-feira. Desde abril, as empresas estavam sob intervenção da gestão municipal, quando foram descobertos os supostos vínculos com o PCC. O dono da Transwolff, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, e o sócio da UpBus, Silvio Luís Ferreira, o Cebola, tiveram mandados de prisão cumpridos durante a operação.

De acordo com informações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), a Transwolff teria recebido um aporte de R$ 54 milhões da facção criminosa para participar da licitação do transporte público na capital paulista. As empresas operam as linhas de ônibus da zona sul e leste da cidade e transportam cerca de 700 mil passageiros.

Na nota divulgada pela Transwolff, a empresa se posicionou contra a decisão da Prefeitura, alegando que não há provas de qualquer envolvimento com organizações criminosas. A empresa defende ainda a legalidade de suas ações e afirma que irá contestar a decisão judicialmente. Já a UpBus ainda não se manifestou sobre o rompimento do contrato.

A decisão da Prefeitura de São Paulo de romper os contratos com as empresas Transwolff e UpBus representa um marco no combate à criminalidade no setor de transporte público da cidade. O desenrolar desse caso promete ainda mais polêmicas e desdobramentos. O espaço segue aberto para novas atualizações.

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