Durante uma coletiva de imprensa realizada no último sábado para discutir sobre o restabelecimento de energia na cidade de São Paulo após um forte temporal que deixou 2,1 milhões de pessoas sem luz, o prefeito Nunes explicou que, de acordo com o parecer da procuradoria, é possível utilizar os recursos da Cosip para enterrar os fios. Ele ressaltou que, com a implementação de lâmpadas de LED em quase toda a cidade, houve uma economia significativa na conta de energia. Dessa forma, a prefeitura tem recursos disponíveis no Fundo Municipal de Iluminação, que é financiado pela Cosip.
Atualmente, a cidade de São Paulo já está em processo de enterramento de fios de energia em várias localidades, principalmente na região central. Segundo o prefeito Nunes, mais de 380 postes poderiam ser retirados se não houvessem pendências relacionadas a serviços de telecomunicações ou à Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Além do enterramento de fios em áreas prioritárias com recursos da Cosip, a prefeitura recebeu uma proposta da Enel, concessionária responsável pela distribuição de energia em São Paulo, para oferecer aos consumidores localizados em áreas não prioritárias a opção de compartilhamento dos custos desse processo. O prefeito destacou que é importante garantir que os custos não sejam repassados totalmente aos usuários e que a participação deles seja decidida por meio de uma consulta pública.
Questionado sobre os investimentos da Enel no enterramento da rede elétrica, o diretor de operações da empresa, Vicenzo Ruotolo, explicou que a distribuidora está sujeita a uma regulação que considera o conceito de investimento prudente. Ou seja, o investimento feito pela concessionária deve ser viável financeiramente, levando em conta a capacidade de pagamento dos clientes. Ruotolo enfatizou que a rede subterrânea tem um custo dez vezes mais alto do que a rede aérea.
Em resumo, a prefeitura de São Paulo pretende acelerar o enterramento de fios da rede elétrica na cidade, utilizando recursos da Cosip, com foco em áreas prioritárias. Além disso, está em análise a possibilidade de oferecer aos consumidores em áreas não prioritárias a opção de compartilhar os custos desse processo. O objetivo é garantir uma maior segurança e melhorar a estética da cidade, evitando os fios aéreos. No entanto, é importante considerar os aspectos financeiros e regulatórios para garantir a sustentabilidade tanto da distribuidora de energia quanto dos consumidores.
