Esse montante faz parte de um acordo mais amplo envolvendo multas e indenizações no valor total de aproximadamente R$ 1 bilhão, que a Uninove se comprometeu a pagar à Prefeitura para encerrar um processo no qual foi investigada por corrupção de fiscais municipais em troca de benefícios tributários.
Mesmo com a homologação do acordo no final de março, o desfecho na Justiça ainda não foi concluído. Recentemente, o diretor-presidente da mantenedora da Uninove, Anunciato Storopoli Neto, solicitou a impugnação do acordo, alegando que não foi envolvido nas negociações. No entanto, o promotor Silvio Marques afirmou que a participação de Storopoli Neto foi devidamente documentada e que o recurso do mesmo foi negado pela Justiça na semana passada.
A expectativa é que a questão seja resolvida nos próximos 30 dias, caso não haja novos recursos. A Prefeitura, ao ser contatada, não informou se planeja realocar recursos para garantir a compra do terreno caso o pagamento se atrase. Por sua vez, a Uninove optou por não comentar sobre o assunto.
O terreno do Parque do Bixiga, com o custo total de R$ 64,3 milhões, foi acordado com o Grupo Silvio Santos, proprietário da área de 11 mil metros quadrados. Para que a transformação em parque seja efetivada, o projeto ainda precisa ser incluído no Plano Diretor da cidade, definindo os parques públicos a serem criados pela administração municipal.
O projeto de lei com essa finalidade já foi aprovado em primeiro turno na Câmara Municipal e, uma vez incluído no Plano Diretor, o terreno poderá ser considerado de utilidade pública pela gestão municipal, facilitando a compra. A população aguarda ansiosamente a concretização desse projeto que certamente trará benefícios para toda a cidade.