Cícero Lucena compartilhou suas impressões, relatando a atmosfera de incerteza e apreensão que permeia o ambiente. Os hóspedes do hotel recebem alertas via mensagem indicando quando é necessário ir para o bunker, uma rotina desesperadora, segundo o prefeito. “Todos deixam seus quartos o mais rápido possível e correm para o bunker. É uma situação angustiante”, descreveu ele.
As condições no bunker, um espaço de concreto equipado com cadeiras, são desafiadoras. Quando o alerta é finalizado, os hóspedes têm que sair rapidamente, mas logo são obrigados a retornar, criando um ciclo traumático de ansiedade. “É muito estressante, porque você acaba de sair do bunker e, quando chega ao quarto, já tem que voltar”, lamentou Lucena, que está acompanhado por cerca de oito prefeitos, além de vice-prefeitos e secretários municipais.
A situação levou o Itamaraty a intervir, buscando a evacuação dos prefeitos e autoridades presentes. No entanto, não há uma data definida para o resgate, intensificando a tensão e a incerteza do grupo. A comitiva estava em Israel por convite do governo local, com o intuito de conhecer o sistema de segurança pública do país.
Apesar do cenário alarmante, o prefeito informou que não há escassez de alimentos ou água no bunker, o que proporciona um alívio temporário em meio ao caos. A realidade, contudo, é marcada por um sentimento de vulnerabilidade e a constante expectativa de novos ataques, tornando essa missão internacional em uma experiência aterradora e imprevisível para os representantes brasileiros.