O artefato, que ficou em grande parte esquecido, foi descoberto durante escavações na década de 1950, nas proximidades do Mosteiro de São Bento. O geólogo que realizou a descoberta, Antonio Carlos Muniz, certamente não tinha ideia da relevância histórica do que havia encontrado. Após anos de incerteza quanto ao destino da bola de canhão, o objeto foi localizado em uma loja de leilões e antiguidades em Campinas, São Paulo. A peça havia sido adquirida por um colecionador por um valor de R$ 2.205.
Eduardo Paes destacou a importância desse artefato ao justificar o seu decreto, enfatizando que a bola de canhão é uma referência significativa à identidade cultural brasileira e à memória dos grupos que compuseram a sociedade ao longo dos séculos. O artefato, que possui formato esférico, mede cerca de 17 centímetros de diâmetro e pesa aproximadamente 14,93 quilos. Além de seu peso e medidas, a peça se destaca por uma inscrição identificatória com a palavra “FRANCE”, que a liga diretamente aos eventos da invasão.
Essa iniciativa não apenas coloca a bola de canhão de volta no cenário público, mas também a reconhece como um símbolo da história rica e complexa do Brasil. A preservação desse tipo de patrimônio cultural é essencial para que as futuras gerações possam compreender as raízes históricas que moldaram a nação. Em tempos em que muitos artefatos históricos são negligenciados, a ação da prefeitura do Rio de Janeiro demonstra um compromisso com a valorização da memória coletiva do país.
