O ataque se desenrolou por volta das 20h, horário local, quando Manzo, conhecido como “El del Sombrero”, estava retornando à praça para tirar fotos com crianças que estavam fantasiadas para a celebração. Momentos antes desse trágico incidente, ele havia inaugurado a cerimônia de acendimento das velas, um rito simbólico que remete à tradição de homenagear os mortos.
Carlos Manzo assumiu a prefeitura em setembro de 2024 e se destacava por sua postura crítica em relação às gangues que operam na região, como o Cartel Jalisco Nueva Generación e La Nueva Família Michoacana. Ele já havia exercido o cargo de deputado federal pelo partido Morena entre 2021 e 2024, tendo construído uma plataforma política voltada para a segurança pública. Em entrevistas, Manzo expressou sua preocupação em se tornar apenas mais um exemplo na alarmante lista de políticos assassinados no país, desafiando a política de segurança do governo federal, que prioriza a abordagem de “abraços, não balas”.
Manifestando um desejo de ação mais contundente contra o crime organizado, Manzo frequentemente exigia maior proteção e intervenção federal para lidar com a violência crescente em sua cidade. Seu assassinato representa não apenas uma tragédia pessoal, mas um reflexo sombrio da luta contínua contra a criminalidade no México, um desafio que muitos líderes comunitários enfrentam em um ambiente cada vez mais hostil.
O episódio acentua ainda mais a urgência de um debate sobre a segurança pública e as estratégias de combate ao narcotráfico no país, deixando um legado complexo em meio a dores e esperanças de um futuro mais seguro para os cidadãos mexicanos.









