A eleição em Taboão da Serra tornou-se ainda mais controversa com o envolvimento do prefeito de Embu das Artes, Ney Santos, conhecido por seu histórico de acusações de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Santos, que já foi preso e teve seu mandato cassado pela Justiça, é o principal apoiador de Engenheiro Daniel, adversário de Aprígio no segundo turno das eleições de 2024. Daniel, que foi secretário de Obras em Embu durante a gestão de Ney Santos, tem sua ligação com o prefeito de Embu mencionada por Aprígio em sua campanha. O atual prefeito de Taboão alerta que a vitória de Daniel poderia significar o controle da cidade por Ney Santos.
Antes do atentado, Ney Santos publicou um vídeo em que criticava Aprígio, chamando-o de “o pior prefeito da região” e insinuando que ele seria “linchado na rua” devido à sua administração. Após o ataque, aliados de Aprígio levantaram a possibilidade de envolvimento do PCC no atentado, enquanto as investigações policiais continuam em andamento.
A Polícia Militar de São Paulo encontrou, incendiado e abandonado, o carro suspeito de ter sido utilizado no ataque. Um Nissan March vermelho, encontrado na altura do quilômetro 21, continha munições em seu interior, reforçando a suspeita de que tenha sido o veículo dos criminosos. O delegado Hélio Bressan, da Delegacia Seccional de Taboão da Serra, afirmou durante uma coletiva de imprensa que a probabilidade era alta de ser o carro utilizado no ataque.
Com a incerteza em relação às motivações por trás do atentado, a cidade de Taboão da Serra aguarda por mais informações e desdobramentos dessa tragédia que chocou a todos. A segurança dos políticos e a integridade do processo eleitoral estão em foco enquanto o cenário político local se vê envolto em suspeitas e incertezas.