Prefeito de São Paulo responde a crítica de Lula por ausência em evento do Minha Casa Minha Vida ligado ao MTST

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), causou polêmica ao responder às críticas do ex-presidente Lula (PT) por sua ausência em um evento do Minha Casa Minha Vida, realizado em uma área ligada ao Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST). O emedebista afirmou que eventos relacionados a “invasão” não terão sua presença e apoio.

“Estamos fazendo um grande programa habitacional, respeitando as leis, sem invasão. Respeitando a lista dos inscritos. Eventos relacionados a invasão, a furar fila e a desrespeitar leis não terão minha presença e apoio”, declarou o prefeito em resposta às críticas de Lula e Boulos.

As críticas de Lula foram feitas durante a inauguração das obras do empreendimento Copa do Povo, parte do programa Minha Casa Minha Vida, que recebeu recursos do estado e do município. A obra em Itaquera, na zona Leste de São Paulo, era uma demanda histórica do MTST e teve a presença marcada pelo líder do movimento, Guilherme Boulos (PSOL-SP), pré-candidato ao Executivo paulistano.

Apesar de possuir alvará de execução desde 2019, as moradias acabaram não saindo do papel. Em 2021, após ser eleito para o seu primeiro mandato de deputado federal, Boulos atuou junto ao governo federal para conseguir destravar o conjunto que promete ter 2,6 mil unidades habitacionais.

Diante da ausência do prefeito e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) no evento, as críticas de Lula foram contundentes. “Eles foram convidados e não vieram. Mas se viessem, seriam tratados com maior respeito, porque educação a gente aprende em casa”, afirmou o ex-presidente.

Por sua vez, Boulos evitou polemizar a ausência de seus adversários políticos, afirmando que estar ou não presente em um evento não é o mais relevante. Apesar disso, a repercussão do episódio evidenciou as tensões políticas no cenário municipal de São Paulo. A resposta de Nunes não parece ter amenizado as críticas, e a temperatura eleitoral tende a aumentar nos próximos meses.

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