Durante uma reunião do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental da Cidade de São Paulo (Conpresp), o prefeito Nunes afirmou que não vê sentido em fechar a praça e que a área é frequentada por muitas pessoas. Ele destacou a importância de manter a praça bem cuidada, preservando seus lagos e fontes.
Nunes também enfatizou que a segurança no centro está sendo aprimorada, com a presença policial frequente no local. Ele ressaltou a importância de continuar combatendo o crime de forma constante para garantir a tranquilidade dos cidadãos.
A proposta de gradeamento foi rejeitada pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH) e uma possível votação do Conpresp sobre o cercamento não tem sinalizações positivas. Caso a maioria dos conselheiros se oponha ao gradeamento, não será possível implementar a mudança, já que a praça é tombada desde 1992 e alterações significativas exigem autorizações dos órgãos de patrimônio.
O presidente do Conseg Centro, Cândido Prunes, defendeu o gradeamento como forma de combater crimes, prostituição, uso de drogas e acúmulo de lixo na praça. Ele argumentou que a transformação do local em parque seria essencial para preservá-lo da degradação atual e afirmou ter o apoio de 2 mil pessoas através de um abaixo-assinado.
Por sua vez, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) do Estado informou que as ações de enfrentamento à criminalidade na região têm sido intensificadas, resultando em reduções significativas nos índices de roubos e furtos no entorno da praça. A gestão municipal também destacou as medidas de limpeza e manutenção realizadas regularmente na Praça da República.
Os órgãos consultados recomendaram que a transformação da praça em parque desconfiguraria sua história e prejudicaria o acesso à escola municipal e à Secretaria da Educação do Estado. Além disso, ressaltaram os desafios orçamentários e operacionais envolvidos na implementação do gradeamento.
Diante das avaliações contrárias, a proposta de transformação da Praça da República em parque enfrenta obstáculos e incertezas, mostrando a complexidade e os diferentes interesses envolvidos na gestão do espaço público. A decisão final caberá à gestão municipal, que até o momento se posicionou contra a iniciativa do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) Centro.