Prefeito de Maragogi denuncia resistência setorial à regulação de passeios aquaviários após acidente fatal com turista de São Paulo.

O município de Maragogi, em Alagoas, foi palco de uma tragédia recente envolvendo um turista de São Paulo que acabou perdendo a vida em um acidente com um catamarã. O prefeito da cidade, Fernando Sérgio Lira (PP), fez questão de utilizar as redes sociais para ressaltar que já havia apresentado, em maio deste ano, um projeto de regulamentação do transporte aquaviário local. No entanto, a resistência por parte do setor impediu a adoção de medidas mais rígidas de segurança.

Em uma entrevista concedida a uma emissora de rádio, o prefeito mencionou que havia estabelecido um prazo de 15 dias para que trabalhadores e empresas do ramo turístico realizassem um recadastramento, sob a penalidade de cassação dos alvarás de funcionamento concedidos pela prefeitura. A proposta visava garantir a segurança dos passeios aquaviários oferecidos na região, mas encontrou resistência e pedidos de prorrogação por parte dos envolvidos.

A administração municipal informou que o programa “Maragogi Vai de Boa”, lançado com o intuito de regular o tráfego de serviços aquaviários para os turistas, teve sua implementação adiada devido a solicitações do setor turístico. Mesmo assim, foram intensificadas as ações de fiscalização sobre embarcações irregulares, como a envolvida no acidente fatal, e foi aberta uma sindicância para apurar os fatos.

Entre as medidas previstas no programa de regulamentação estavam o recadastramento digital gratuito de embarcações e operadoras de passeios turísticos, a limitação da quantidade de alvarás para garantir a viabilidade econômica da atividade, além da transparência e auditoria na arrecadação municipal gerada pelo setor. A tragédia serviu como um alerta para a importância da segurança e da adequada regulamentação do transporte aquaviário em Maragogi.

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