Segundo o Ministério Público, foram coletados elementos e provas suficientes que incriminam Ramírez e outros investigados, que serão apresentados em breve nos tribunais para serem acusados. Porém, o partido Primeiro Justiça, ao qual o prefeito pertence, afirmou que a prisão não tem justificativa e manifestou repúdio à ação, destacando que Ramírez estava desempenhando suas funções quando foi detido.
A prefeitura também se pronunciou, informando que Ramírez e os funcionários foram detidos sem qualquer explicação e pedindo a libertação imediata do prefeito. Ramírez foi levado para a sede local do serviço de inteligência, onde permanece detido juntamente com outros funcionários. A capital Maracaibo, localizada no estado de Zulia, possui o maior eleitorado do país.
A oposição Plataforma Unitária classificou a prisão de Ramírez como arbitrária e ilegal, exigindo a libertação do político. Este caso se junta a uma série de prisões de opositores do governo de Maduro, que enfrenta uma grave crise política com questionamentos sobre a reeleição do presidente.
Desde o início do ano, mais de 150 líderes opositores foram presos e mais de 2,4 mil pessoas detidas durante manifestações contra o governo chavista. Edmundo González Urritia, outro opositor de Maduro, também foi alvo de uma investigação semelhante, mas encontra-se exilado na Espanha. A situação política na Venezuela continua sendo uma fonte de controvérsia e tensão, com as liberdades civis em constante debate.