De acordo com informações obtidas pelo GLOBO, o custo da viagem realizada pela empresa Rico Táxi Aéreo foi de pelo menos R$ 245 mil, além de R$ 17 mil para o pernoite da aeronave na ilha. A duração exata da viagem ainda não foi divulgada.
Além do prefeito, o subsecretário de Obras Valcerlan Ferreira Cruz, os advogados Taís Cardoso de Amorim Faye e Kassio Almeida Faye das Chagas, a modelo Eduarda Freiberger e Adriana Menezes Ferreira Cruz também estavam a bordo do jatinho. O grupo retornou ao Brasil no dia 14 de fevereiro, decolando do Aeroporto Internacional Princesa Juliana e pousando no Aeroporto Internacional de Manaus — Eduardo Gomes.
Em resposta ao GLOBO, a prefeitura de Manaus alegou que a viagem foi “não planejada” e que o prefeito foi convidado por Roberto Lopes, responsável pelo aluguel do jatinho. A administração municipal também afirmou que David Almeida e o empresário se conhecem há anos, antes mesmo da gestão do prefeito no município.
A polêmica se estende ainda à relação entre o empresário Roberto de Souza Lopes e a prefeitura de Manaus. A Royal Tech, empresa de propriedade de Lopes, possui contratos ativos com a prefeitura desde 2014, quando Almeida ainda não estava no cargo. Segundo o Portal da Transparência da Prefeitura de Manaus, a empresa prestou serviços de locação de máquinas e equipamentos para escritórios, além de fechar contratos de prestação de serviço com a Manaus Previdência.
Representantes do empresário garantem que a viagem “não configura qualquer ato ilegal, nem tampouco imoral” e que “afasta qualquer possibilidade de irregularidade”. O escândalo continua a gerar controvérsias e levanta questionamentos sobre possíveis conflitos de interesse e favorecimento por parte do prefeito de Manaus.