Diante dessa clara tentativa de intimidação por parte do Executivo, esperava-se uma resposta firme e incisiva por parte do presidente da Câmara Municipal, Madson Monteiro. No entanto, surpreendentemente, Monteiro optou por um discurso diplomático e apático, relativizando a gravidade da fala da prefeita e demonstrando uma postura tímida diante da situação.
Ao invés de repudiar categoricamente a postura da prefeita, o presidente da Câmara preferiu minimizar a questão, afirmando que cada um tem direito de se expressar como desejar e que a Câmara continuará votando em prol dos interesses da população e do desenvolvimento da cidade.
Essa postura conciliatória de Madson Monteiro levanta questionamentos sobre a real independência e autonomia do Legislativo em relação ao Executivo. Há uma preocupação crescente nos bastidores sobre a possibilidade de um alinhamento tácito entre a Câmara e a prefeita, o que poderia comprometer a função fiscalizadora do Legislativo e enfraquecer a representatividade popular.
O silêncio do grupo de vereadores G-11, que antes se posicionava como uma oposição ao governo municipal, também é bastante significativo. A falta de posicionamento e a aparente passividade desses vereadores diante da situação levantam dúvidas sobre a sua efetiva capacidade de atuação como representantes do povo.
Diante desse cenário de tensionamento entre Executivo e Legislativo, a população de Palmeira dos Índios precisa ficar atenta e cobrar dos seus representantes uma postura de independência e compromisso com os interesses da cidade. Caso a Câmara se renda aos desejos do Executivo sem o devido debate e fiscalização, corre-se o risco de ver o Legislativo se tornar apenas um instrumento passivo nas mãos da prefeita e de seus aliados políticos. É fundamental que a sociedade civil se mobilize e exija transparência e responsabilidade por parte dos seus representantes políticos.