Preços do contrato holandês TTF de gás natural atingem alta de 4% e Ucrânia encerra trânsito de gás russo para Europa.

No cenário internacional, os preços do gás natural atingiram um patamar mais elevado nas bolsas de futuro, aumentando cerca de 4% desde o início das negociações. O contrato holandês TTF de gás natural, que é considerado uma referência europeia, atingiu a marca de € 50 por megawatt-hora (MWh), o que corresponde a cerca de R$ 321.

Uma questão que tem chamado a atenção é o acordo de trânsito de gás russo pela Ucrânia, que atualmente permite o transporte de 40 bilhões de metros cúbicos anuais. No entanto, esse contrato está prestes a expirar em 1º de janeiro, o que levanta preocupações sobre o abastecimento de gás na região.

A Ucrânia tem sido beneficiada com as exportações de gás russo para a Europa, que atravessam seu território, resultando em lucros consideráveis. No entanto, o país decidiu não estender o contrato existente, o que traz incertezas para o futuro do fornecimento de gás na região.

Segundo informações do operador do sistema de transmissão de gás ucraniano, OGTSU, os fornecimentos de gás russo estão previstos para terminar às 8h (horário de Moscou) de quarta-feira. O presidente russo, Vladimir Putin, confirmou que não será assinado um novo acordo antes do ano-novo, o que aumenta o clima de tensão na região.

Diante dessa situação, a Ucrânia declarou que estaria aberta a retomar o trânsito de gás a pedido da Comissão Europeia, desde que seja gás proveniente de fornecedores que não sejam russos. Putin sugeriu a possibilidade de firmar contratos com empresas terceirizadas, como as turcas, húngaras, eslovacas ou azeris.

Além disso, os países da União Europeia estão preocupados com a diminuição dos recursos estocados de gás. No ano passado, as instalações de armazenamento estavam 86% cheias, mas neste ano estão apenas 73% preenchidas, de acordo com a plataforma de transparência Aggregated Gas Storage Inventory (AGSI).

Diante desse cenário de incertezas e tensões geopolíticas, a questão do abastecimento de gás na região europeia se torna cada vez mais delicada, exigindo negociações complexas e soluções que garantam a segurança energética dos países envolvidos.

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