Na última sexta-feira, os contratos futuros de março chegaram a uma cotação de US$ 3,753 por libra, o que corresponde quase a US$ 8.274 por tonelada. Este aumento sem precedentes é atribuído, em grande parte, a uma combinação de fatores, incluindo a redução dos suprimentos em razão de safras abaixo do esperado, em virtude de condições climáticas adversas que afetaram os maiores produtores globais, como Brasil e Vietnã.
Além das questões climáticas, o cenário da oferta também não é favorável, com estoques em diminuição e a inflação pressionando os custos. A variação de preços está também sujeita a iniciativas legislativas que influenciam o mercado. Enquanto a variedade Robusta se destacou por sua resistência às flutuações climáticas e por ter um rendimento mais estável, a qualidade sensorial da Arábica a torna uma opção preferida para muitos consumidores, o que inviabiliza uma substituição total entre as variedades.
Especialistas do setor projetam que, caso as tendências atuais persistam, os preços do café poderão continuar a escalar, com uma expectativa de aumento adicional de 25% até 2025. As condições climáticas desfavoráveis são uma preocupação latente, especialmente para os agricultores de regiões produtivas. Em meio a essa conjuntura, a expectativa é que os consumidores permanecem fiéis ao seu amor pelo café, adaptando-se às novas condições de mercado e procurando alternativas nos diferentes modos de preparação e consumo da bebida.