Preços de refeições fora de casa aumentam 70% em 10 anos, segundo pesquisa da Ticket. Vale-refeição dura em média apenas 12 dias no mês.


O levantamento realizado pela marca de vales refeição e alimentação Ticket, da Edenred Brasil, revelou que o brasileiro que precisa almoçar fora de casa desembolsa, em média, R$ 46,60 por uma refeição. Esse valor representa um aumento de 70% em 10 anos, superando a inflação do período, medida pelo IPCA, que acumulou 68,2%.

Em 2014, o valor médio do almoço era de R$ 27,36, o que indica um aumento considerável nos últimos anos. Segundo a pesquisa, considerando o valor médio dos pratos, o vale-refeição dura em média apenas 12 dias no mês. Sem o benefício, o trabalhador gastaria cerca de R$ 1.025,20 para se alimentar durante os 22 dias úteis do mês, comprometendo 35% do salário, que em média é de R$ 2.921, segundo o IBGE.

Ao analisar as regiões, o Sudeste apresentou o maior aumento de preço dos últimos 10 anos, chegando a 77,7%. Uma refeição completa, que inclui prato principal, sobremesa, bebida e café, custa em média R$ 49,33. Já a menor opção, considerando apenas o prato comercial e uma bebida, tem um valor de R$ 30,14.

No Sul do país, o aumento foi de 66,5%, sendo que a refeição completa custa em média R$ 42,81, enquanto o prato comercial e uma bebida saem por R$ 28,91. Já no Nordeste, a refeição completa tem um custo de R$ 43,55, o que representa um comprometimento de 48% da renda média da região, de R$ 1.986, se não houvesse o benefício do vale-refeição.

A Região Centro-Oeste apresentou o menor aumento, de 60% em 10 anos, tendo como média o valor de R$ 41,75 para uma refeição completa e de R$ 25,43 para uma refeição simples. Os trabalhadores do Sudeste têm a segunda maior renda do país, com R$ 3.299 mensais, enquanto a região com maior renda é o Centro-Oeste, com R$ 3.396.

Na Região Norte, o trabalhador paga em média R$ 26,45 por uma refeição simples e R$ 42,29 por uma refeição completa, comprometendo 40% da renda média de R$ 2.316. De acordo com os pesquisadores, o aumento dos preços da refeição foi puxado principalmente pelo Sudeste.

Os custos mais altos foram absorvidos pelo comércio, que enfrentou dificuldades econômicas durante e após a pandemia de Covid-19. O fechamento dos estabelecimentos, o aumento dos aluguéis e a necessidade de dispensa e recontratação de profissionais afetaram os preços e impactaram no valor das refeições.

Com base nesses dados, a Ticket calculou os valores para vale-refeição nas cinco regiões do Brasil. O menor valor, de R$ 918,50, ficou com a Região Centro-Oeste, enquanto o maior valor, de R$ 1.085,26, foi estabelecido para o Sudeste.

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